As mudanças introduzidas pela sociedade contemporânea alteraram definitivamente o brincar das crianças.
Actualmente os pais e as crianças têm vidas atarefadas, por isso sobra pouco tempo para brincar fora da escola. A cultura de rua, até há bem pouco tempo valorizada, começa a ser uma coisa do passado, sobretudo por razões de segurança.
Por outro lado, a escola está centrada nas aprendizagens académicas e com a preocupação de o fazer em idades cada vez mais precoces.
Assim, quando as crianças têm tempo para brincar, escolhem a televisão ou jogam videojogos.
Os video-jogos dizem à criança como brincar, são altamente estruturados e por isso não deixam margem para a imaginação e criatividade das crianças. Ao contrário, os brinquedos pouco estruturados, como os blocos, o barro, os bonecos e bonecas, encorajam um tipo de jogo que as crianças controlam e conduzem de forma a ir de encontro às suas necessidades individuais, consolidando novas competências, conceitos e experiências.
Brincar é muito importante. Não são necessários brinquedos caros, apenas uma boa imaginação, tempo e um local para a criança brincar sozinha ou com amigos. Assim ela vai aprender a conviver, a resolver pequenos conflitos, a inventar soluções em grupo. É uma maneira de se tornar um adulto saudável.
Até o tempo de lazer está organizado, nos parques infantis todos os detalhes estão organizados, acontece o mesmo na maioria dos recreios das escolas, nos espaços verdes e até no planeamento urbano. Mas onde se pode construir uma cabana, jogar às escondidas, trepar às árvores, brincar nas dunas?
A manipulação humana deve deixar espaço selvagem também para as crianças.
Brincar não parece uma actividade essencial, mas na verdade é!
(Revista CEI - Cadernos de Educação de Infância, n.º 90)
Actualmente os pais e as crianças têm vidas atarefadas, por isso sobra pouco tempo para brincar fora da escola. A cultura de rua, até há bem pouco tempo valorizada, começa a ser uma coisa do passado, sobretudo por razões de segurança.
Por outro lado, a escola está centrada nas aprendizagens académicas e com a preocupação de o fazer em idades cada vez mais precoces.
Assim, quando as crianças têm tempo para brincar, escolhem a televisão ou jogam videojogos.
Os video-jogos dizem à criança como brincar, são altamente estruturados e por isso não deixam margem para a imaginação e criatividade das crianças. Ao contrário, os brinquedos pouco estruturados, como os blocos, o barro, os bonecos e bonecas, encorajam um tipo de jogo que as crianças controlam e conduzem de forma a ir de encontro às suas necessidades individuais, consolidando novas competências, conceitos e experiências.
Brincar é muito importante. Não são necessários brinquedos caros, apenas uma boa imaginação, tempo e um local para a criança brincar sozinha ou com amigos. Assim ela vai aprender a conviver, a resolver pequenos conflitos, a inventar soluções em grupo. É uma maneira de se tornar um adulto saudável.
Até o tempo de lazer está organizado, nos parques infantis todos os detalhes estão organizados, acontece o mesmo na maioria dos recreios das escolas, nos espaços verdes e até no planeamento urbano. Mas onde se pode construir uma cabana, jogar às escondidas, trepar às árvores, brincar nas dunas?
A manipulação humana deve deixar espaço selvagem também para as crianças.
Brincar não parece uma actividade essencial, mas na verdade é!
(Revista CEI - Cadernos de Educação de Infância, n.º 90)
3 comentários:
Gostei!!!
Por vezes, nós (pais) somos levados a pensar que quanto mais elaborados são os brinquedos, mais educativos serão.
Mas é tão giro ver as crianças brincarem com objectos e brinquedos tão simples, e atribuirem-lhes tanta importância e criatividade...
Viva a imaginação das crianças!!
Realmente este texto faz-me recuar á minha infancia onde se brincava com coisas tão basicas como uma casa na árvore... e eramos felizes! Agora queremos o melhor para os nossos filhos (tal como os nossos pais queriam para nós) mas acaba por se perder muito do que é original e incentiva a imaginação!
è um bom texto de reflexão!!
Obrigada pela partilha.
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